segunda-feira, 6 de outubro de 2008
MOTO & CHUVA:
Preciso falar sobre este assunto, mesmo porque acho que serve como metáfora para outras coisas bem mais importante do que... tomar chuva, ficar molhado ou algo parecido.
No ultimo post comentei que ia até Ilhabela e agora conto o motivo: o casamento da minha irmã Graciela com Martin, que provocou um encontro familiar como a muito tempo não se via, já que nossa família é espalhada pelo planeta. Vieram filhos dos EUA, sobrinhos da Espanha, primos da Argentina, irmãos da Inglaterra e Suiça, amigos da Suécia, enfim, foi um evento maravilhoso, delicioso e muito gostoso. E ainda mais quando você vai para um acontecimento desses... de moto.
O tempo estava ruim, no chove-não-molha. Como sempre, consultei a meteo nos melhores sites: Wheater Chanel, Climatempo, Terra e UOL. Fiquei até preocupado, porque ao contrario do usual, os 4 previam a mesma coisa: chuva O TEMPO TODO. Muita gente nem pensaria em viajar com um tempo desses, mas como já disse, não me importo de viajar com chuva. Na verdade mesmo, até gosto.
Na noite antes, como uma criança na véspera do Natal (acho que todos nós somos assim)deixei alinhados o capacete, jaqueta e calça de viagem, protetor de coluna, botas, 2 luvas e claro, a capa de chuva. Até passei na X-Brazil na véspera e comprei uma nova capa para Flavia (minha mulher), que voltaria comigo de moto (ela só foi no sabado, de carro, tadinha..).
Acordei antes do despertador (putz, acho que somos mesmo todos assim...) e quando olhei pro céu não acreditei no azul. Nem um fiapinho de nuves! Fiz uma viagem deliciosa, só lamentando que a Ilhabela fosse tão pertinho assim. Gostaria que a distância fosse no mínimo o triplo dos míseros 250 kms.
Não vou contar aqui os detalhes do casório (senão precisaria de 3 paginas), mas na volta, com o céu carregado, aconteceu de novo o mesmo... fato. Todo o pessoal achando maluquice sair com a garoa, com as nuvens carregadas, pista molhada... Alguém até falou em deixar a moto lá e voltar de carro, vê se pode.
Notem que mais uma vez, a maioria das pessoas adiaria a viagem ou esperaria "o tempo abrir" um pouco. Ao contrário, demos beijinhos e abraços a todos e... vrrruuuum, saímos na boa.
Na balsa a garoa estava forte, quase chuva. Coloquei a parte de cima da minha capa, pois o da frente é que toma o grosso da água e se piorasse, colocaríamos as capas inteiras. Depois de 5 minutos a garoa passou, parei, tirei a capa e fizemos uma viagem prá lá de gostosa, sem sol para incomodar, com os cheiros da mata molhada ressaltados pela humidade, as cores, os verdes, o céu lindo, cheio de nuvens carregadas, muito bonitas de se olhar. Pura delícia pura.
Para que escrevi tudo isso?
Só para dizer:
Que acredito cada vez menos em previsões meteorológicas.
Que se você decide ficar parado no lugar, esperando as nuvens passarem, pode ser que você fique o dia inteiro (ou a vida inteira) sentado embaixo de uma nuvem chuvosa.
Que se você tiver a coragem de arriscar, é bem provável que em pouco tempo o tempo melhore.
Que as chuvas são momentos, que vem e que passam.
E finalmente,
Que o movimento tem que partir de você, e não do cenário.
É isso. E, claro, espero ter sido claro.
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